quarta-feira, 22 de abril de 2009

Merchandising - Toma Lá Dá Cá

Bom, se você leu até aqui, valeu por não parar na palavra Merchandising. Sei que teoricamente está errado (é Tie In né), mas foi a palavra que usaram no programa. Ah, e toma lá dá cá não foi só uma cacofonia que escolhi pra chamar a atenção, é o nome do programa da globo, que passou ontem, no qual nunca vi muita graça, mas me chamou a atenção pelo comercial de uma certa maionese, que tem só 40 calorias (helmanns).

Pois bem, o programa tava passando, tava rolando um jantar de comemoração de 10 anos de casado e tal... ai o prato principal era uma maionese, que o marido inclusive não queria comer porque tava de regime (pouco forçado isso). Ai, a esposa fala que a maionese foi preparada com helmanns, e por isso não engorda tanto, eles fazem aquela cara de família americana feliz da década de 70 e continuam o merchandising trash. E ai começa a graça!

Eles começam a comemorar o primeiro merchandising do programa, entram personagens que tavam em outros quadros pra anunciar a maionese falalndo claramente que querem ganhar uma parte do chachê, entram até figurantes.. e começa a rolar uma comédia em cima do merchandising! eles colocaram o produto no enredo do programa, chamaram a atenção pro produto, pro slogan e pra suas características, de maneira engraçada, a meu ver eficiente, e ainda debocharam do próprio merchandising!!!

Achei muito legal e muito eficiente a inserção. Acho que o caminho atual é esse, comunicar com menos impacto, entrando na rotina do cliente de forma não agressiva, mas eficiente. Novos tempos, novos desafios.

Ivete Sangalo e Andrea Bocelli. Pra que?

Ontem fui ao show do Andrea Bocelli. Não vou descrever aqui o quão bom foi o show pois isso é óbvio, assim como o talento, a técnica e mesmo a capacidade física deste cantor, o que permite que ele cante músicas impossíveis a muitos bons tenores com maestria, como por exemplo a famosa área da ópera Turandot, Nessum Dorma.Mas vale dizer que o show, além de contar com o talento dele e da orquestra, foi muito legal pois teve um repertório eclético, passando por músicas populares italianas, espanholas, e até mesmo brasileiras. Um momento muito bonito foi o dueto entre Andrea Bocelli e Toquinho, cantando aquarela. Todo o repertório do show, apesar de eclético estava muito coeso, e mesmo a aquarela de Toquinho tinha um porque de estar ali: Ela primeiro fez sucesso na lingua italiana.

Antes de começar a falar de marketing, vale dizer que apesar de não ser fã de Axé Music, admiro Ivete Sangalo tanto por sua voz quanto por seu carisma. Porém, não entendi o que ela estava fazendo ali.

Ivete remete a trio elétrico. A Bahia, a Axé, a alegria. Isso teoricamente não combina com música clássica, mais calma, por vezes triste, e reflexiva.Talvez por isso ela tenha cantado Bossa Nova e não Axé.

Porém, talvez se ela tivesse cantado axé, e tivessem conseguido vencer o desafio absurdo de unir esses dois estilos, a apresentação se tornasse admirável.Mas não, um icone de um estilo musical foi lá cantar outro, sem justificativa alguma.Tanto que quando o Bocelli chamou o Toquinho ao palco, contou uma história, deu uma justificativa dele estar ali. E no caso da Ivete, ela simplesmente foi chamada. Ah, chamada, e com uma manchete, a de sua gravidez.E só.

Sinceramente, não sei o que isso acrescentou à imagem dela.

Audiência? talvez, mas só pela notícia da gravidez ela teria, de qualquer forma.

Reforçou os atributos do "produto" Ivete Sangalo? Não, ela já é conhecida, já é carismática, já é bem aceita pelo seu público... e o reforço junto à música clássica sai do escopo do produto... talvez até prejudique, pois como vai de encontro ao estereotipo de cantora de Axé, cause uma certa confusão. E principalmente, porque ela não cantou Axé. Cantou outra coisa. Isso pode ser melhor visto na aventual publicidade negativa por conta de puritanos do Axé ou da Música clássica que não gostaram dela lá e começaram a criticar na net.

Trouxe mais público pro evento? Se trouxe, o público ficou bem decepcionado, porque quem foi atrás da Ivete cantora de Axé viu ela cantando MPB... Acho que raras pessoas são ecléticas o bastante pra gostar dela cantando de tudo.

Eu sinceramente sustento que, no final das contas, a Ivete perdeu com isso. E não precisava, ela canta bem e é uma das pessoas mais carismáticas do país, não precisava disso. A não ser que... esteja querendo mudar a linha da sua carreira, pra algo mais calmo e romântico. Isso combinaria com o anúncio da gravidez, e a apresentação cantando bossa nova. Mas será que ela vai largar a lucratividade do Axé assim? E, voltando ao marketing, será que não faltou uma preparação ai, pra que esse evento fosse melhor aproveitado, e visto de maneira mais natural e menos drástica?

De qualquer forma, acho que pra ela poderia ter sido melhor.

Carro se vende jogando

Lembram que eu tinha falado há um tempo atrás sobre novas formas de vender carros, como participação em filmes (Velozes e Furiosos, e depois os comerciais da BMW pela fallon, na internet (campanha "The Hire"))?

Então, depois da Nissan lançar o z370 em um dos Need For Speed, a Volvo vai lançar, dia 26 de maio, um jogo gratuito sobre um de seus carros!

(http://www.khabrein.info/index.php?option=com_content&task=view&id=21910&Itemid=96)

Além da idéia estar se popularizando, achei legal a possível analogia com a campanha da Fallon:

A Fallon fez um filme publicitário copiando os filmes de hollywood, onde a própria BMW já havia atuado, como carro do agente James Bond.

Agora a Volvo faz uma campanha publicitária copiando outra mídia, os video games, onde sua concorrente (Nissan) recentemente lançou um carro.

Será a "mídia in house" uma nova tendência? rs* Não sei, mas trazer mais experiência para o público, e passar a mensagem na experiência, isso sim eu acho que é uma tendência que veio pra ficar.

sábado, 11 de abril de 2009

A arte de vender carros

Nesse final de semana fui ao cinema assistir a Velozes e Furiosos 4 (Sim, digam Argh, digam que eu deveria estar assistindo a um filme iraniano que contribuiria mais pra minha formação e blá blá blá).Até gostei do filme, mas o que me chamou a atenção, claro, foram os carros.

O detetive (mocinho do filme) escolheu um carro "muito loko", e ele corria com o carro, tirava rachas com o carro, vivia perigosamente, veloz e furiozmente!

Sai de lá querendo um carro daqueles! Fiquei curioso e fui até a net pesquisar qual era o carro! Na verdade eu já imaginava que carro era, tinha visto um na rua, perto do serviço, recentemente. Mas fui lá confirmar. E vi que há vários sites na net com a lista dos carros do filme, criticas sobre a tunagem, dados técnicos, nossa, ANIMAL!!!

Mas peraí, pra que é que eu quero um carro de mais de 200 cavalos pra andar em Sampa? Aliàs, eu nem ando de carro? Por que isso virou meu sonho de consumo?

Qual o status que um carro que nem é um ícone clássico (como Ferrari, Mercedes, Rolls Royce) me trás? Competição, agressividade, atitude, dinamismo, rebeldia, buscar a justiça dentro ou fora da lei. E competir, competir pra ser o máximo. Acho que esses são alguns dos atributos do ícone "Carro do mocinho de velozes e furiosos".

Olha que loucura, o que atrai pro carro é a atitude associada a ele, depois é que vamos pesquisar os atributos reais, mesmo os menos tangíveis como os de design.

Vou dar mais um exemplo. Volvo. Volvo pra mim sempre foi carro de "tiozão". Seguro, vários airbags, design quadrado. Bem família de tiozão. Porém, depois de ver um dando vários cavalos de pau nas mãos de um vampiro em "crepúsculo" (sim, assisto os blockbusters da vida, mas temos que saber o que o público tá

pensando) a imagem da marca ficou um pouquinho mudada. E acho que pra mulecada também. Põ, carro que os pais acham seguro e a mulecada acha irada, isso foi uma boa sacada de marketing na minha opinião.

Só mais um exemplo, pra não dizer que tô falando só de filmes. O jogo Need For Speed. Lá, além de ver tudo que vc pode ver no Fast and Furious, vc pode virtualmente dirigir o carro e se tornar parte da história. E o carro é parte do seu personagem no game. Aliàs, tanto é parte do seu personagem que pode ser customizável pra ficar mais com a sua cara. Esse canal de comunicação deve ser muito bom, já que a Nissan participou de todos os jogos desde a série "underground" e, mais que isso, lançou um carro através do jogo, o Nissan z370.

O que vejo nesses exemplos é:

1 - A forma de vender carros mudou (isso já é velho, mas vale ressaltar). Não se vende um produto, se vende um simbolo, que tem valores associados a ele.

2 - Os veículos pra se passar uma mensagem de propaganda mudaram. A inserção em filmes, e mais recentemente em jogos, faz com que o consumidor assimile melhor a mensagem, pois ela faz parte do enredo no qual ele está prestando atenção, e no caso dos games participando. Creio que esse seja um novo campo que tem muito a ser explorado. Nesses veículos, você não tem que fazer piadinhas para chamar a atenção e depois passar a mensagem, torcendo pra que o cliente assimile. A mensagem chama a atenção, pois ela está implícita na atração. Esse modelo é tão real que tivemos até campanhas que tentaram trazer pro universo da propaganda os filmes, como a da Fallon pra BMW, que fez filmes veiculados na net, com enredo e tudo! Mas, apesar da campanha da BMW ter ficado muito boa, ainda acho Fast and Furious bem mais persuasivo.

Links Interessantes:

Lançamento do Z370 no jogo Need For Speed (Em Inglês):
http://investor.ea.com/releasedetail.cfm?ReleaseID=343683

Velozes e Furiosos quebra recorde de bilheteria para o mês de Abril:
http://www.omelete.com.br/cine/100019012/Bilheteria_USA__Velozes_e_Furiosos_4.aspx

Velozes e Furiosos 4 - Galeria de Fotos:
http://www.beyondhollywood.com/the-fast-and-the-furious-4-2009-movie-images-gallery/

Subaru Impreza WRX
http://www.beyondhollywood.com/the-fast-and-the-furious-4-2009-movie-images-gallery/fast-furious-4-movie-16-2/

Campanha da Volvo remetendo ao filme Twilight:
http://www.mixtotal.net/2008/11/que-tal-comprar-o-volvo-do-edward.html

sábado, 14 de março de 2009

Design (tem algoritmo??)

Design

Ontem tive minha primeira aula de design. Achei muito legal, em especial por ver que design, criação, etc, não são coisas tão largadas como se pinta por ai.

O cara não cria livremente o que quer, ou foi iluminado e como um oráculo cospe as coisas mais criativas e inovadoras possíveis... Não... Design compreende projeto, método... é, aqui também existem as velhas e eficientes coisas aprendidas na Poli, hehehe. (Tá, não do mesmo jeito, mas que tem projeto, tem).

Há duas palavras em lingua portuguesa que tem a ver com design. Desenho, e designio. Ambas tem muito a ver mesmo, pois no design você desenha algo pra atingir a um objetivo. Logo, a idéia do design não é trazer as criações mais malucas da sua mente pra algo surpreendentemente legal qeu só você e talvez a sua mãe entendam.A idéia é você ter algo que consiga comunicar uma idéia (tem função, não foi feito à toa) de forma expressiva (não pode ser chato, tipo lista telefonica). Além dessas restrições, e derivando de uma delas (comunicar), tem algo importante que muita gente esquece: A mensagem tem que ser compreendida. Se ela tem que ser compreendida, tem que falar a lingua de quem tá recebendo ela. Tem que ter a ver com o cotidiano do receptor, com as referencias que ele tem. Claro, tem que ter algo de inovador, pra chamar a atenção, mas não muito, senão fica incompreensível.

A partir daí, você vai brincando com os lados do cerebro do expectador, alternando comunicação racional e expressão, satisfação e sedução, pra atingir o objetivo do seu objeto de design.Muito legal... Você tem Meta, objetivo, restrições, recursos disponíveis (mídia pra onde vc tá fazendo o design), prazo... é um projeto. A base é de um projeto, como o de um navio. Pra desenvolver, você precisa de diversos conhecimentos específicos, referências, teoria,

experiência... mas não é algo perdido, é um projeto.

Estratégia em Comunicação

O que é estratégia?

Todo mundo fala de estratégia, todo gerente se diz estrategista, hoje temos estratégias pra tudo! Pra cada nicho do mercado de livros existe um livro "A Arte da Guerra"... Daqui a pouco vai ter até pros pacifistas!!!
Bom, que eu saiba, a idéia de estratégias vem da administração de recursos na guerra. Tem a ver com a alocação de recursos para atingir a vitória, o objetivo final. A palavra deriva do grego, e está diretamente ligada à idéia de liderança do exercito, dos recursos para se vencer a uma guerra (Stratos(Exercito) + Ago(Liderança) = Strategos). Existem diversos tratados sobre estratégia, de onde destaco os que mais conheço:

Sun Tzu - A Arte da Guerra
Miyamoto Musashi - O Livro dos Cinco Aneis/Elementos
Nicolau Machiavel - A Arte da Guerra

Uma coisa comum que notei nestas obras de estratégia, em especial nas duas primeiras, as orientais, é a necessidade de se conhecer os recursos de que se dispõe para traçar uma boa estratégia. Isso pode até parecer óbvio, e deveria ser, mas nem sempre se pensa nisso na hora de formular uma estratégia.
Pois bem, Sun Tzu fala da necessidade de se conhecer o terreno, conhecer o exercito, enfim, conhecer os atores do teatro de guerra, bem como o próprio cenário. Musashi fala de conhecer o soldado (ou carpinteiro, como ele fala), conhecer as ferramentas, etc. E todos traçam as estratégias a partir daí. Conhcendo os recursos, eles os alocam.

Modernamente, existem teóricos que se dedicaram ao estudo da estratégia comercial. Grande parte deles se dedicou a estudar a competição entre indústrias, e ouso dizer que muitos as compararam a partir de um modelo de linha de produção, um modelo Fordista. Eles comparam a capacidade de produção da indústria e seus concorrentes, comparam diferenciais da indústria e de seus concorrentes.... mas muitas vezes a meu ver, esquecem de um detalhe: Do consumidor. É como o general que contraria Sun Tzu e ignora o terreno onde vai lutar. Talvez pensando em análise de competição contra outra empresa, isso seja viável e justificável, porém caso ocorra algum imprevisto (tipo uma crise mundial???) as duas empresas vão pro buraco. Mas enfim, não é sobre a eficiencia de modelos consagrados que vim falar aqui.

Vim falar de comunicação (Algoritmo COMUNICACIONAL o nome do blog, né?). Pois bem, comunicação, publicidade, propaganda... comunicação... Dependem de um emissor, um receptor, e um código de envio.... do operador de telégrafo ao Saussure (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferdinand_de_Saussure), todo mundo sabe que esses elementos são importantes. Então, se a comunicação se apoia nisso, ao traçar uma estratégia pra comunicação, vc deve pensar nisso. É isso que sustenta a comunicação!!! Não adianta pegar um diagrama, um gráfico ou uma vaca leiteira pra analisar um problema de comunicação se você não entendeu o problema. Voce tem que entender a base do problema, entender os recursos que você tem pra resolver e entender profundamente (no bom sentido) a vaca leiteira, o diagrama ou seja lá o modelo que você for usar pra tentar resolver o problema. Entender tão profundamente que você consiga avaliar se ele serve ou não, adaptá-lo, ou ainda construir um novo modelo se necessário!!!

Chega de receita de bolo, acho que já passou da hora de se pensar em estratégia de marketing e comunicação como estratégia de marketing de comunicação. Chega de estratégia de produção de Ford T aplicada ao mercado publicitário. Os Fords T´s tão em museus, que é pra onde todo tipo de gambiarra teórica deveria ir.(bem ou mal, fazem parte da nossa história).

Invariantes Comunicacionais

O mundo é formado por indivíduos. Cada ser humano é um indivíduo, cada um tem suas particularidades, sua história de vida, infinitas experiências que influenciam sua forma de pensar, de agir.

Vendo os homens por essa maneira, para compreender o que acontece em uma sociedade teriamos que estudar cada indivíduo um a um, bem como suas relações, numa teia complexa de relações de causa e efeito, complexa de tal forma que seria impossível compreender algo.

Porém um teórico chamado Durkheim, ao qual muitos estudantes de comunicação foram apresentados no primeiro ano, e muitos desses estudantes passaram a odiar ai, descobriu a muito tempo que o estudo da sociedade é possível, e que os indivíduos não são tão individuais assim.

Uma das maiores descobertas de Durkheim (pelo menos a meu ver), é a teoria do Fato Social. Sim, o fato social que você, colega estudante aprendeu a decorar e odiar. Para os eventuais engenheiros ou matemáticos que venham a ler esse blog, vou a grosso modo e ferindo todas as teorias de comunicação associar grosseiramente o fato social ao conceito de invariante. Na sociedade há algo que não varia. Ou varia pouco, e sempre de acordo com a sociedade. Se a média de nascimentos em uma dada população é x num determinado ano, muito provavelmente ano que vem a média vai ser próxima de x, a não ser que algo muito grave afete A SOCIEDADE INTEIRA. Dessa maneira, ao invés de questionarmos todas as mulheres em idade fértil para saber quantas crianças nascerão, basta acreditar no fato social e acompanhar a média.

Só para lembrar, o nosso querido Durkheim explora isso de forma muito mais mórbida, analisando o suicídio. A grosso modo (espero que quem curta Durkheim me perdoe pela simplificação), ele pegou uma dada população, analisou a taxa de suicídios, e viu que ela variava muito pouco com o tempo, a não ser que acontecesse algo significativo e que afetasse TODA A POPULAÇÃO.

(Eu sei que Durkheim estudou muito mais que isso, mas só tô escrevendo o que interessa à matéria, sejamos práticos né).

Agora, o que eu tenho a ver com isso?

Bom, você eu não sei, mas como eu trabalho com Marketing, tenho que analisar pesquisas, comportamento de consumidores, etc.

E sempre que houver alguma alteração drástica em um gráfico que corresponda ao comportamento de consumo de uma grande população, eu sei que houve algo que afetou a população inteira. Da mesma forma, eu sei que quando houver algo que afete uma dada população inteira (tipo, uma crise financeira, que virou crise de emprego, etc), eu sei que ela vai afetar gráficos como o meu comportamento de consumo (Queda no consumo de bens superfulos, etc). E se eu refinar meus estudos, vou conseguir identificar a parcela da minha população que foi mais atingida, como foi, por que foi mais influenciada, etc, etc, etc.

Tá, já sabia analisar gráficos, o que ganhei lendo essa matéria?

1 - Ficou mais culto. Quando te perguntarem porque vc fez certa análise, ao invés de ficar perdido, e falar que a tia Maricota te ensinou lá na faculdade, fala do fato social e do Durkheim.

2 - Ficou mais capacitado. Quando surgir um problema mais complexo na sua pesquisa, ao invés de ir pesquisar na capricho ou na Você S.A., vai no Google Scholar e procura coisas relacionadas a Durkheim, fato social, pesquisa em marketing, etc.

3 - Diminuiu a sua frustração por ter assistido aquelas aulas de Sociologia. Apesar de ter coisa muito melhor que vc poderia estar fazendo no horário, não foram de todo inúteis.

Isso sem contar na sutil relação entre o conceito de invariante (matemática) extendido de maneira tosca, mas a meu ver eficiente, para o conceito de fato social. No final das contas, o que a gente faz é isso... Vai isolando as variáveis, procurando entender o fator invariante (Alterando aqui, o gráfico vai pra cá, alterando ali, o gráfico vai pra lá), e identificando como ele responde a estimulos... ou como o fato social se altera de acordo com os estimulos recebidos pela população.